Anti-hipertensivos e diuréticos Farmacologia Aplicada (Farmácia)

Hipertensão arterial (HA) é a condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg e, em geral, está associada a distúrbios metabólicos, a alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito. 

 

O manejo terapêutico da hipertensão inclui medidas não medicamentosas e o uso de fármacos anti-hipertensivos.

 

Você vera o mecanismo de ação, as ações farmacológicas, os efeitos adversos e as interações medicamentosas das diferentes classes de fármacos anti-hipertensivos e diuréticos. 

 

Objetivo de aprendizagem: 

 

  • Explicar o mecanismo de ação das diferentes classes de fármacos anti-hipertensivos e diuréticos. 
  • Identificar as ações farmacológicas e efeitos adversos dos fármacos anti-hipertensivos e diuréticos. 
  • Descrever as interações medicamentosas envolvendo os anti-hipertensivos e diuréticos.

 

O objetivo do tratamento anti-hipertensivo é reduzir a morbidade cardiovascular e renal e a mortalidade. No manejo da hipertensão, recomenda-se a implementação de medidas não farmacológicas e de medicamentos anti-hipertensivos. Muitas vezes, a hipertensão pode ser controlada com um único fármaco, mas a maioria dos pacientes requer mais de um para obter o controle.

 

Veja, no Infográfico, as classes e ps locais de ação de fármacos anti-hipertensivos e diuréticos

 
 
 
A hipertensão arterial é uma patologia insidiosa, que pode ser assintomática, na qual uma contínua elevação anormal da pressão sanguínea predispõe o paciente ao aumento de risco de sofrer acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e lesões renais. 
 
 
O controle da hipertensão arterial pode ser não medicamentoso ou medicamentoso. As classes de medicamentos anti-hipertensivos são: diuréticos, fármacos que atuam no sistema simpático; vasodilatadores; e fármacos, que atuam no sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
 
 
Para seleção e escolha da terapia medicamentosa, é preciso conhecer o modo de ação, indicações clínicas e efeitos adversos dos fármacos anti-hipertensivos.
 
 

Um dos problemas da terapia anti-hipertensiva é a não adesão do paciente, em especial dos homens, ao uso diário e regular do medicamento devido aos efeitos adversos. 

 

Além disso, em geral,  o paciente hipertenso apresenta outras patologias associadas, o que leva ao uso de inúmeros medicamentos, predispondo a interações medicamentosas que podem interferir na eficácia dos medicamentos ou causar danos ao paciente.

 

 Desafio

 

Apesar de as medidas não medicamentosas terem se mostrado eficazes na redução da pressão arterial, a eficácia é limitada pela perda de adesão em médio e longo prazo, desencadeando, então, a necessidade de implementação do uso contínuo de medicamentos anti-hipertensivos.


 


Baseando-se no caso clínico, responda:

​​a) Considerando que a pressão arterial do Sr. Luiz estava sob controle com a medicação, por que o cardiologista interrompeu o uso do enalapril?   

b) Qual a possível causa da tosse no paciente?  

c) E qual a justificativa para a implementação da losartana?


Exercícios 

 

1.  De forma geral, os fármacos bloqueadores dos receptores da angiotensina apresentam efeitos farmacológicos semelhantes aos fármacos inibidores da enzima conversora da angiotensina. Qual das afirmativas apresenta uma vantagem do uso da losartana sobre o do enalapril?​​​​​​​   

 

A.  Melhor eficácia em reduzir a pressão arterial.   B.  Melhor prevenção de eventos secundários do miocárdio.   

 

C.  Menor custo.   

 

D.  Menor incidência de angioedema e tosse seca.   

 

E.  Anti-hipertensivo de escolha no tratamento de gestantes hipertensas.


Na prática

 

A 7.ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2016) estabelece estratégias para prevenção do desenvolvimento da hipertensão arterial, que englobam políticas públicas de saúde cujo objetivo é estimular o diagnóstico precoce, o tratamento contínuo, o controle da pressão arterial e de fatores de risco associados, por meio da modificação do estilo de vida e/ou do uso regular de medicamentos.  Veja, no Na Prática, o manejo de um paciente com fatores de risco:



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